SINAIS DE POBREZA

Adesivos no carro

Adesivo colado no carro é coisa de pobre. Principalmente se for de marcas de equipamentos de tuning (NOS, Brembo, Alpine e afins…) ou estiver escrito “eu amo minha esposa”. De matar então é ver o famigerado “meu outro carro é uma Ferrari” colado em uma Brasília.

Uma variante dessa cafonisse são as pessoas que colam o símbolo da Audi na traseira de um Gol. Alias, tuning é coisa de pobre.

Travesseiro em viagem

Pobre que é pobre, quando viaja* tem que levar o travisseiro junto. Aí vem com aquela desculpa de que não dorme bem se não for com a própria naninha. Pior é que como não cabe em mala, a maioria vai com ele abraçado por todos os lugares.

*pobre não viaja. No máximo passa o fim de semana em Maricá ou em Guapimirim.

Crediário

Essa não tem nem desculpa. Só de pensar em fazer um, automaticamente classifica o sujeito como pobre. Afinal, pobre que é pobre não pode dividir as compras no cartão (pobre que é pobre não tem cartão). Se o crediário for das Casas Bahia então é passe-livre para o alto-escalão da pobreza.

Querer morar na Barra da Tijuca / Recreio

Sabe aquele sujeito que não tem dinheiro para comprar um apartamento na zona sul mas faz questão de sair da zona norte por vergonha de morar mal? Esse tipo invariavelmente vai para a Barra da Tijuca ou pro Recreio, formando uma massa desagradável, onde uma cambada de ferrados que não tem dinheiro para pagar o IPVA, mas fazem questão de trocar sempre pelo Audi A3 do ano.

Celular / MP3 Player pendurados no pescoço

Enquanto as empresas cada vez mais se preocupam com a minituarização das coisas, tornando-as quase invisíveis, existe uma gente que faz questão de exibir esses mimos tecnológicos e pendura-los no lugar mais visível possível só para dizer que tem. Essa vale também para aquelas pessoas que deixam o celular pendurado na cintura da calça, quase como uma pistola em um coldre, pronta para sacar e fazer algum estrago.

Pochete

Mais conhecido como crachá de sapatão, esse acessório é credencial para o mundo da pobreza. É tão crítico quanto andar com o celular pendurado no pescoço. Sempre me pergunto que tanta coisa as pessoas carregam dentro daquele anexo corporal.

Lembrancinha

Já viu pobre dar presente? Pobre que é pobre só dá lembrancinha. Isso quando a lembrancinha em questão não é repassada várias vezes (por vezes acaba até voltando para quem comprou pela primeira vez). Natal então é uma festa: todo mundo lotando a uruguaiana (25 de março para a paulistada), comprando aquelas bugigangas inúteis para poder dar e dizer: “É só uma lembrancinha, mas é de coração”.

Copo de requeijão

Essa já é clássica: ao invés de comprar um jogo decente de copos, a cozinha é tomada por vários daqueles copinhos de requeijão. Para piorar, a Para o café o melhor é o de geléia de mocotó, visto que é mais curto.

Torcedor do Flamengo / Corinthians

Preciso realmente dizer algo?